Estou entrando em férias e aproveitando para repensar várias coisas, dentre elas a continuidade de alguns dos meus blogs e, dentre eles esse daqui.Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz, saúde e felicidades para todos!
Abraço,JC
Um blog sobre Física (e outras coisas interessantes) voltado aos professores e alunos da rede pública do Estado de São Paulo (e quem mais quiser passar por aqui).
O primeiro ano precisa disso para entender a astronomia e a cosmologia que estão no seu currículo neste bimestre e, o terceiro, precisa entender como essas idéias dificultaram ou facilitaram o nascimento de outras que levaram ao Modelo Padrão das partículas elementares atualmente aceito e, atualmente sendo estudado por eles.
Primeiro porque se surpreendem ao perceberem que suas próprias idéias, tidas como mais modernas, têm cerca de 2500 anos, segundo porque percebem que suas crenças (religiosas e científicas) nasceram daquele punhado de filósofos barbudos com nomes esquisitos, de quem eles ouvem falar muitas vezes, mas sempre consideraram apenas "figuras decorativas nos livros".
Mostrar como a crença pitagórica levou Kepler às suas leis e ainda hoje nos faz construir "modelos matemáticos realistas" para partículas elementares que não podemos detectar, ou como a dificuldade de aceitar o "nada" fez com que Demócrito e Leucipo ficassem esquecidos até meados do século XVIII, e ainda hoje nos remete a perguntas tolas como "se não havia nada antes, de onde tudo veio então?", são coisas muito divertidas. O aluno se espanta e fica quase tão maravilhado quanto o professor que, em um lugar onde deveria reinar o "caos e a desordem (e tome Platão!)" passa a reinar o debate, as mãozinhas levantadas querendo malhar o professor de perguntas, e a satisfação de vê-los indo embora na saída pensando em alguma coisa que não seja apenas "o que será que está passando agora na TV?".
Toda a energia que recebemos do espaço provinda do sol origina-se em um processo termonuclear que ocorre no centro do Sol. Raramente alguém se dá conta disso quando está se bronzeando na praia ou simplesmente comendo um bife ou uma folhinha de alface, mas isso só é possível graças a essa energia originada no Sol.

No segundo artigo, "Caçadores de asteróide", você fica sabendo a diferença entre asteróide e meteorito (você sabe qual é?) e tudo sobre o primeiro asteróide que foi detectado no espaço antes de cair na Terra, e que agora serve como uma riquíssima fonte de informações. Caramba, os astrônomos agora estão conseguindo obter informações até mesmo sobre a "mae" do asteróide. Era só o que faltava. :)
A segunda simulação que usaremos, destina-se a mostrar a configuração de linhas de força no plano para um número qualquer de cargas geradoras (na verdade parece que o simulador suporta, no máximo, 14 cargas) com sinais e intensidades ajustáveis. Este simulador está disponível em uma página do CALTECH (California Institute of Technology) e também pode ser acessado diretamente clicando-se na figura abaixo (um print-screen da tela durante uma simulação).
E, por fim, usaremos uma simulação por computador fornecida por Fu-Kwun Hwang, da National Taiwan Normal University, que mostra a forma como uma carga de prova reage à ação do campo de um dipólo elétrico quando abandonada em repouso em algum ponto do espaço. O simulador mostra a força resultante sobre a carga, o vetor velocidade instantânea e, ainda, simula seu movimento, traçando sua trajetória. A figura abaixo é um print-screen da tela durante uma simulação e também é clicável, porém é necessário se registrar no site para baixar as simulações para seu computador e rodá-las off-line. As demais simulações podem ser baixadas sem registro.

O applet usado é fornecido pelo "PhET - Interactive Simulations", um programa de apoio ao ensino de Física da Universidade do Colorado. Nesse simulador é possível estudar o comportamento de uma substância em diferentes estados físicos e o impacto causado sobre as demais variáveis de estado quando uma delas sofre alguma modificação. Particularmente interessante é usar a água como substância na simulação.
De acordo com observações astronômicas recentes e estudos sobre a possibilidade de colisões de asteróides com o planeta Terra, o fim do mundo pode estar bem mais próximo do que se imagina. Ou não, como diria Caetano!
O Apophis tem um tamanho entre 10 e 15 vezes maior do que o DD45, algo entre 300 e 400 m de diâmetro, um pouco maior do que o estádio do Maracanã. Porém, com uma velocidade de impacto com a Terra estimada em 45.324 km/h, a energia liberada nessa colisão equivale a cerca de 14 mil bombas atômicas, como a que destruiu a cidade de Hiroshima no final da segunda grande guerra mundial. Isso é suficiente para detonar o clima de 1/3 do planeta.
A dica de hoje, no entanto, é visitar e conhecer o "Feira de Ciências", o site do Prof. Léo (Luiz Ferraz Netto), um site que há anos está na Internet a serviço de alunos e professores interessados em aprender um pouco mais sobre Física e que traz uma infinidade de sugestões de experimentos e demonstrações. E o mais importante: essas demonstrações e experimentos funcionam!
