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sábado, 8 de março de 2008

Jornal do Aluno, versão completa para download

Atendendo aos pedidos de vários alunos, estou disponibilizando na Biblioteca Online do meu site, além da parte de Física do Jornal do Aluno, também a versão completa dele (todas as disciplinas).

Não é preciso estar cadastrado no site para fazer o download desse material. Basta acessar a pasta "Alunos -> Especial (Jornal do Aluno)" e escolher a pasta correspondente à sua série. Os arquivos estão separados por disciplina.

Para professores interessados, também tenho disponível na Biblioteca Online a versão digitalizada da Revista do Professor mas, nesse caso, é preciso acessar como usuário registrado e ter o acesso ao material liberado. Professores interessados em baixar esse material entrem em contato comigo informando nome, escola e disciplina para receberem instruções sobre como obter os arquivos.

(*) Nota: pelo que sei esses materiais já não estão mais disponíveis para download no site da Secretaria de Educação.

Mulheres na Ciência

O tema é "off-topic" mas, não poderia ser esquecido. E para não ficar muito fora do foco do blog, além dos merecidos parabéns às mulheres em seu dia (09/03), estou convidando vocês a aprenderem um pouco mais sobre as mulheres na ciência.

A Revista Eletrônica ComCiência dedicou uma edição especial sobre o papel da mulheres na Ciência (ComCiência, número 50 - Dezembro/Janeiro de 2003). Visite essa edição e encontrará lá várias matérias abordando diferentes aspectos da atuação da mulher no universo científico.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Uma pausa pedagógica

Ou: o paradigma da valorização do não-saber como um saber a ser reconstruído.

Atenção: esse texto destina-se aos colegas professores. Alunos podem ignorá-lo sem nenhum problema.

Um aspecto bastante positivo apresentado pelo Jornal do Aluno na disciplina de Física foi a proposta de questões e pequenos textos onde o aluno deve exercitar sua capacidade de expressão e de análise. Muitas questões propostas como “motivadoras” na verdade se apresentam como “assustadoras” para muitos alunos (e talvez para alguns professores), mas é possível e necessário transformar esse “pânico” em uma atitude positiva diante da aprendizagem.

Por exemplo, no início da aula 4 (Tema 2, pág. 31 do jornal da primeira série) há a seguinte proposta para a elaboração de um texto: “Você já imaginou como seria o mundo, a vida, se não existisse o tempo? Já imaginou o que aconteceria se o tempo parasse?”. Certamente a intenção do autor dessa proposta foi a de estimular a reflexão sobre o conceito que esses alunos têm sobre o tempo (“A sensibilização sobre o tema ‘tempo’ motiva o aluno a considerar uma situação em que o tempo não existisse. As respostas dos alunos darão elementos para que o professor os conheça ainda mais”. Revista do Professor, pág. 19 - Disciplina de Física). A mim parece evidente que, por melhor que tenha sido a intenção do autor, o tema “tempo” ainda hoje provoca profundas reflexões entre especialistas e, fisicamente falando, a proposta de reflexão do autor é um experimento mental impossível (que só será feita pelo desconhecimento dessa impossibilidade). Como o aluno reage diante disso? Como nós, professores, reagimos diante dos textos produzidos pelos alunos?

A seguir, na mesma aula, são feitas várias perguntas que demandam estimativas de duração de determinados eventos, como por exemplo: “Quanto demora uma piscada?”, dentre várias outras. Nesse caso, diferentemente do anterior, o aluno poderá fazer essa estimativa da forma sugerida pelo autor, isto é, na base do “chute”, e o máximo que o professor poderá fazer é analisar com o aluno a viabilidade desse chute. Como a Revista do Professor não fornece uma resposta para essa questão, o professor deverá buscar informações em outras fontes (veja nesse link uma fonte interessante sobre “Rapidez de reflexos”).

Então chegamos ao ponto crucial dessa conversa: nem o aluno, nem o professor (em geral), saberão a resposta da maioria das perguntas feitas no referido trecho. Para o professor isso pode demandar um tempo extra de pesquisas, ou algum jogo de cintura para contornar o fato de que ele não terá como fornecer essas informações aos alunos sem algum esforço extra, mas, e para os alunos? Como lhes parecerá a situação em que são instigados a fornecerem respostas para “perguntas sem respostas disponíveis para consulta”? É justamente aí que, creio eu, instala-se o pânico nesse aluno que vem sendo massacrado ao longo do Ensino Fundamental com um modelo de escola onde “é preciso saber as respostas corretas” e, por outro lado, abre-se a possibilidade de aproveitarmos essa “sensibilização às avessas” para abordarmos um novo paradigma de ensino-aprendizagem (que, de fato, já é bem velho).

Se essas propostas de textos reflexivos e questões estimativas puderem ser úteis para que o professor inicie com seus alunos um trabalho de mudança da maneira como eles, alunos (e mesmo alguns professores), vêem a escola, mostrando ao aluno que a condição do “não-saber” pode ser encarada como uma forma natural de abordagem de qualquer tema que se está estudando e que, além disso, esse “não-saber” não será punido ou escarnecido, então talvez a reação de desespero de muitos alunos possa se transformar em uma reação de curiosidade sobre sua própria capacidade de fazer suposições, estimativas e avaliações sobre temas para os quais ele não tem uma “resposta decorada”. Por outro lado, cabe ao professor compreender que esse não-saber é angustiante para o aluno até ele se adapte a um modelo de ensino que o aceite como forma natural de expressão de um conhecimento “bruto”.

Vivenciei essa situação ao longo de toda a semana e, principalmente nas classes dos primeiros anos, onde o ranço “decoreba”, o imediatismo e o pragmatismo herdado do Ensino Fundamental ainda são fortes entre os alunos, e tive que investir uma parte significativa das aulas para lhes apresentar esse novo paradigma: a valorização do não-saber como um saber a ser reconstruído.

O resultado final parece ter sido bom, embora eu ainda não tenha finalizado a avaliação sobre as produções dos alunos.

Retirar das costas dos alunos o peso de “terem que saber a resposta certa” abre para eles a possibilidade de expressarem suas concepções prévias sem o risco de “estarem errados” e, acima de tudo, inaugura em muitos deles uma nova relação professor-aluno.

domingo, 2 de março de 2008

Queda livre

Quando um corpo cai livre da ação de todas as forças exceto da força da gravidade (peso), dizemos que ele está em queda livre.

Em queda livre todos os corpos caem com a mesma aceleração: a aceleração da gravidade local, geralmente representada pela letra g e cujo valor é de, aproximadamente, dez metros por segundo ao quadrado.

O movimento de queda livre é um movimento uniformemente variado (MUV) e podemos analisá-lo com as equações cinemáticas do MUV. Como o blog não me permite formatar equações, eu disponibilizei na Biblioteca Online do meu site um pequeno resumo com o formulário das equações do MUV e as equações adaptadas para a queda livre quando se adota o referencial de medida de alturas "para cima".

Também coloquei junto com o resumo um probleminha sobre a queda de um pobre gatinho que tem que "se virar" para cair em pé (esse pobre gatinho da figura acima). Acesse o arquivo "Queda livre.pdf", revise o formulário e ajude o gatinho a cair em tempo de se virar, resolvendo corretamente o probleminha.