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terça-feira, 10 de março de 2009

Uma viagem ao Universo

Se você está começando a se aventurar agora no mundo da Física e já aprendeu por aí que "Física é a ciência que estuda a natureza", meus parabéns, é isso mesmo! O único problema é que a "natureza" e algo um tanto "grandinho", não é?

Para ter uma idéia razoável do quanto a natureza pode ser "tão grande a ponto de não sermos capazes de nos imaginar dentro dela" e ao mesmo tempo de ter coisas tão pequenas nela que as vezes nos sentimos com "um outro universo dentro desse universo" eu os convido a uma pequena viagem: "Uma viagem ao Universo"!

A apresentação a seguir é um arquivo do PowerPoint que está disponível no Slideshare (foi colocada lá no ano passado pelo professor Helder - veja o link para o blog dele na coluna da direita) e foi montada por mim no ano passado. Nesse ano eu gostaria que os alunos ingressantes dessem uma olhadinha nela e refletissem sobre o que a Física realmente estuda e como nos posicionamos diante de tudo isso, como estudantes e como seres humanos.

O fim do mundo está próximo!

De acordo com observações astronômicas recentes e estudos sobre a possibilidade de colisões de asteróides com o planeta Terra, o fim do mundo pode estar bem mais próximo do que se imagina. Ou não, como diria Caetano!

Acontece que em 2029 está prevista a passagem do asteróide Apophis (deus egípcio da destruição - que coincidência!) pelas proximidades da Terra. Até aí tudo bem, no último dia 02/03 tivemos uma passagem "de raspão" de um outro asteróide, o "2009 DD45", com apenas 30 m de diâmetro, e estamos todos vivos ainda. :)

O problema é que esses estudos apontam a possibilidade de que devido à interação gravitacional com a Terra o asteróide sofra um pequeno desvio em sua trajetória e retorne em uma órbita de colisão em 2036.

O Apophis tem um tamanho entre 10 e 15 vezes maior do que o DD45, algo entre 300 e 400 m de diâmetro, um pouco maior do que o estádio do Maracanã. Porém, com uma velocidade de impacto com a Terra estimada em 45.324 km/h, a energia liberada nessa colisão equivale a cerca de 14 mil bombas atômicas, como a que destruiu a cidade de Hiroshima no final da segunda grande guerra mundial. Isso é suficiente para detonar o clima de 1/3 do planeta.

Cálculos tão precisos sobre a tajetória, distâncias e velocidades de asteróides e outros corpos celestes só são possívelis porque há muito descobrimos como fazê-los e ainda hoje aprendemos um pouco sobre essas técnicas no estudo da "cinemática", uma parte da "mecânica" que aprendemos no Ensino Médio.